domingo, 6 de setembro de 2009

O grande desencanto.

Nessa teia de desilusões eu me arrasto,sem forças para me levantar.
Acendo um cigarro e torço para o tempo passar.
Rápido o bastante.
Eu preciso respirar.
Comer.Viver.

O medo.

O amor bateu em minha porta,e eu estava louca para ir lá agarrá-lo.
Mais o senhor medo foi mais rapido,e correu com ele de lá a vassouradas e pontapés.
Eu sou seu dono,você é minha refém.
Nao faça nada,você não pode, e com certeza não vai conseguir.
Sofro antes,sofro depois e estou sempre a sofrer.
Quem se faz de vitima a vida toda acaba acreditando.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Salve xangô meu rei senhor, salve meu orixá.

Estou escrevendo no embalo contagiante de Badem Powell e Vinícius de Moraes. A musica é uma oração com ritmo contagiante, e alterna vozes deliciosas de ouvir. Esse disco foi a minha melhor aquisição dos últimos tempos.
Falando em aquisições (em termos de experiência), me lembrei de Curitiba, nunca tinha presenciado uma situação de epidemia, confesso que fiquei apavorada. Quando se esta em um lugar onde uma doença nova ta matando muita gente, as pessoas ficam meio confusas, e soltam muitas informações falsas, criando um clima de pânico. Nunca vou me esquecer do olhar ressabiado das pessoas a cada espirro dado, das caras tampadas por mascaras, e do alto preço do álcool em gel.
Enfim, pulemos a parte triste da viagem, e vamos aos acontecimentos felizes. Revi meus amigos, conheci gente nova, e comemorei meu aniversario no quintal de casa, meu bar de todo dia (Bec Bar) como manda a tradição. Apareceu um monte de gente, pessoas que eu não via há muito tempo, e outras que nem fazia tanto tempo assim. Foi ótimo. Tirando os momentos em que eu me lembrava que estava completando 21 anos e pensava comigo:Agora acabou a mordomia!
Pois é ainda estou me acostumando com a idéia, sabe quando não cai a ficha de que você cresceu e tem que encarar a vida de frente?Era tão mais fácil quando a minha máxima preocupação era ir para os shows encher a cara ate desmaiar.
Bem, a viagem foi fodastica,voltei com gás, e com a pele revigorada. Agora e tocar pra frente. Vamos lá!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Próxima parada, Curitiba.



Mala pronta, casaco no braço, guarda chuva na mão.

E vamos lá, para mais uma fantástica aventura em Curitola City,

Aonde o povo ta quase brotando, de tanta água que anda caindo. (frase da ilustre Rosana minha querida mãe!).

Não vai dar pra escrever, e vou ficar sem um termômetro de mim mesma.

mas...

Quando eu voltar, escrevo todas as bobagens que aprontei por lá.

Sem mais delongas.


Au revoir.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

De Tudo Um Pouco, pra você!

Há três semanas eu, um amigo e uma amiga, começamos um programa radiofônico em uma radio comunitária aqui de Várzea Grande. O nome do programa -De Tudo Um Pouco-, saiu diretamente de uma exposição de arte, do meu amigo ai de cima, Ariston de Souza,um grande escultor e poeta várzea-grandense. O programa, esta indo muito bem, obrigada, é claro que ainda temos muito que aprender, e aperfeiçoar, mas estamos caminhando. E aprendendo um com o outro.
O conteúdo é bem legal, mistura poesia, musica de qualidade, noticias locais e nacionais, relacionadas à cultura e interesse publico em geral.
Admito que a cada dia que passa, me encanto ainda mais, com o leque de possibilidades que temos, de ao vivo, falar diretamente com essa publico carente de informação.
Outra oportunidade que adquirimos através do programa, é divulgar o artista local, que muitas vezes não é reconhecido em sua própria cidade,mas é reconhecido na capital, e ate mesmo fora do estado.
O publico aumenta a cada dia, e sábado tive a honra de atender uma ligação, e ouvir do outro lado da linha: Eu ouço sempre o programa de vocês e sou fã.
Imaginem como ficou esse coraçãozinho, não cabia dentro do peito de tanta alegria.
São por essas e outras, que ficar ate tarde pesquisando, escrevendo texto e selecionando noticias, é tão prazeroso.

link do blog do programa: http://www.detudoumpoucovox.blogspot.com/

domingo, 26 de julho de 2009

Se procurar bem você acaba encontrando.Não a explicação (duvidosa) da vida,Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Carlos Drummond de Andrade

Cuidado desastre eminente...

Existe uma cena dos meus sete anos que eu nunca me esqueço, (e mesmo que tentasse meus pais não deixariam) a historia é mais ou menos assim, um dia estava eu lindinha fantasiada de alguma coisa que eu não lembro o que, apresentando uma peça de colégio que não lembro qual, no teatro de Umuarama (minha cidade natal ).Acaba a peça e eu vou pra trás do cenário e fico lá espiando. Mas o destino não sorri pra mim, e minha espiada acaba não dando certo. Por infelicidade do destino o cenário era feito em formato de domino, varias vigas de madeira uma do lado da outra. De repente, não mais que de repente não sei o que eu fui fazer,se fui me virar (e pra variar não medi bem o espaço disponível) e o cenário todo começou a desabar,um após ao outro. E eis que depois de tudo cair, aparece aquele ser loiro branco com jeito de quem vai chorar, agachadinha, com cara de JURO não fui eu!
Mas sim EU com minha pouca idade, desabei todo o cenário da peça e acabei com a felicidade da molecada.
Olho para a platéia para me certificar de que ninguém tinha me visto, e vejo meus pais, olhando fixo pra mim, como se já esperassem me ver no meio da confusão, e acreditem, eles não estavam com cara de surpresa.
Ate hoje eles dizem, que quando viram as vigas caindo, já tinham certeza que eu estava por trás daquilo.
Bem compartilhar esse pequeno episodio desastroso da minha infância com vocês tem um bom motivo de ser. Eu fico assim, digamos, meio desastrada, quando estou nervosa com alguma coisa. E eu estava nervosa na apresentação da escolinha um motivo pra derrubar todo o cenário. Enfim no momento estou nervosa por que vou viajar quarta feira, então imaginem como me comportei nas ultimas 24 horas, desastre quase total. E por algum motivo que eu desconheço, quando eu estou no meu momento desastrada o destino parece cooperar pra que tudo de errado. Só pra dar uma palhinha dos desencontros das ultimas 48 horas, eu empurrei um carro três vezes, com sereno e muito frio na cara,bati a cadeira no meu rosto quando a levantava, bati o rodinho de passar pano no rosto também (ele o joelho e o dedinho do pé são os que mais sofrem!) quase derrubei a mesa de som da radio onde eu trabalho, quebrei um vaso de perfume, me bati umas três vezes em curvas que eu ignoro e por ai vai. O resultado são cacos pelo chão, joelhos roxos, e raiva acumulada por estar tão estabanada.
Acho que meu irmão tem razão quando diz que eu tenho a alma gorda!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Curitiba,ah Curitiba.

Sinto falta.
Do cheiro ruim do centro da cidade fria.
Das pessoas caladas.
Do olhar ressabiado.
Do abraço apertado.
Das conversas sobre o clima louco.
E de como eu queria uma grande mochila (que eu acabei nunca comprando)
Saudade da certeza.
Do meu bar de todo dia.
De amanhecer na padaria.
Da rotina que eu detestava.
Dos papos cabeças com o Constantino.
Do Sant Remi regado a cerveja.
Da sinuca no porão.
Do maracatu na xv.
Das rodas de violão.
Dos amigos sem hora para ir embora.
Ah que falta me faz.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Bicho mal,bicho homem!

Pensamentos inesperados me fazem despertar.Ligo o computador para saber o que anda acontecendo pelo mundo. Porem nada muito diferente, nem em si agradável me chama a atenção.
O que vejo são as mesmas noticias de sempre, recheada de sensacionalismo, como se estivessem fazendo noticia para seres inanimados.Afinal é isso mesmo que estamos nos tornando. É para esse abismo que caminhamos.
O tempo e a enxurrada de informação nos transformaram (ou transtornaram?) em pessoas acomodadas. Nada mais nos sensibiliza, ou rompe a nossa paz.
Não nos chocamos se mil morrem em um terremoto ou se outros tantos perecem em filas de hospitais todo santo dia.
Triste.
Como diria o saudoso Baia: bicho mal,bicho homem.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bom dia é o cacete...

Sempre acordo com sensação de não ter descansado o bastante (mesmo tendo ficado 10 horas em alfa, literalmente) acordo irritada, pensando em um bom calmante, capaz de tirar aquela raiva descabida que sinto do meu pai. Afinal e ele que tem o prazer de me acordar às 8 horas da matina. Imagina como é o abraço de bom dia.
Pois é ele tem o costume (que às vezes chega a ser irritante!) de me dar um longo abraço, logo depois que eu pulo da cama. E não preciso nem dizer que nesse momento, eu não sinto vontade de abraçar ninguém, nem mesmo o Johnny Depp!
E nessas horas que eu chego à conclusão de que definitivamente eu não nasci para acordar cedo, meu relógio biológico e totalmente vespertino. Só a partir das duas da tarde, é que eu começo a ficar acordada realmente.
Eu sonho com o dia em que eu vou conseguir olhar para o computador, ler a minha check-list e fazer tudo antes do dia acabar. Pois as paradas para o café e o cigarro estão acabando com meu tempo útil.